Coordinan: Clarisse Chiappini Castilhos, Christiane Senhorinha Soares Campos, Manuela Bragagnolo, Rosana Soares Campos, Everton de Moreas Kozenieski y Rosa Maria Vieira (Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal do Sergipe).
Os capitais internacionais orientam-se para o
comércio e para o controle e distribuição de mercadorias, para a construção
civil, mineração e agronegócio. Novos espaços são criados através do setor
serviços que se desdobra em inúmeras atividades que vão desde o desenvolvimento
das novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) até o turismo,
segmentado segundo vários tipos de mercado (sexual, ecológico e de alto luxo).
Esses capitais estão organizados em grandes grupos que se inter-relacionam,, o
próprio capital industrial está estruturado em torno de um centro financeiro e através
de uma intrincada rede de conexões e constitui o modo dominante de segmentação
da acumulação capitalista em seu estágio mais recente.
A competitividade baseada em baixos salários e no fim da regulamentação do mercado de trabalho, a concentração do conhecimento pelas multinacionais e pelos países mais ricos, a atual forma de participação dos Governos na economia, alicerçada na perspectiva neoliberal de atuação do Estado geram uma incapacidade de desenvolvimento, no sentido cepalino do conceito. Nesta perspectiva o processo de desenvolvimento decorre do aumento persistente da produtividade do fator trabalho mas também da progressiva qualificação das condições de vida da população resultante do aumento do produto social e da melhor distribuição e utilização do mesmo. Longe desta perspectiva estruturalista de desenvolvimento o que se verifica na contemporaneidade do processo de acumulação capitalista é um crescimento restrito aos espaços intrafirmas internacionais e a concentração cada vez maior dos benefícios do crescimento nas mãos de poucos grandes grupos capitalistas.
Muitas evidências estatísticas confirmam que os
investimentos produtivos em produtos de maior valor agregado e elevada
intensidade tecnológica se orientam para os EUA e Comunidade Européia com a
tendência de ampliação da participação da China e outros países asiáticos
nesses domínios.
Nos demais continentes predominam os investimentos baseados em recursos naturais _mineração e agronegócio_ com efeitos terrivelmente nocivos sobre o equilíbrio ambiental dessas regiões. Essa tendência orienta para a compreensão de onde se concentram os investimentos produtivos em termos internacionais: grandes grupos da energia; da indústria e da grande distribuição. Para a América do Sul e Central representa uma especialização em commodities minerais e agroindustriais, apresentando características do antigo modelo agroexportador. Uma repetição que se realiza em forma de tragédia uma vez que a destruição ambiental daí decorrente age sobre uma natureza já degradada. No caso do agronegócio, a tendência é de ampliação das monoculturas e da transformação das reservas extrativas vegetais em commodities.
Nos demais continentes predominam os investimentos baseados em recursos naturais _mineração e agronegócio_ com efeitos terrivelmente nocivos sobre o equilíbrio ambiental dessas regiões. Essa tendência orienta para a compreensão de onde se concentram os investimentos produtivos em termos internacionais: grandes grupos da energia; da indústria e da grande distribuição. Para a América do Sul e Central representa uma especialização em commodities minerais e agroindustriais, apresentando características do antigo modelo agroexportador. Uma repetição que se realiza em forma de tragédia uma vez que a destruição ambiental daí decorrente age sobre uma natureza já degradada. No caso do agronegócio, a tendência é de ampliação das monoculturas e da transformação das reservas extrativas vegetais em commodities.
A partir dessa reflexões considera-se fundamental
o desenvolvimento de um simpósio em torno das novas orientações do capital
internacional para a América Latina. A destruição ambiental (representada pela
monocultura e pela mineração) e o recrudescimento da exploração da mais valia
absoluta (com a ampliação do trabalho escravo e semiescravo) em curso tornam
urgente a construção de uma saída não-capitalista para o continente
latinoamericano.
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